sábado, 26 de outubro de 2013

Dívida de 400 mil euros ao Grupo AFA deixa Pontassolense à deriva

Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA

Não há solução à vista para a AD Pontassolense. O clube está a ser gerido por uma Comissão Administrativa desde Julho de 2012 e deverá continuar num vazio diretivo depois da próxima Assembleia-Geral (AG) marcada para a primeira semana de Novembro.


«O clube tem uma dívida à AFA de 400 mil euros por causa do arrelvamento sintético do campo dos Canhas na época de 1999/2000 e por não termos possibilidade de pagar vamos, infelizmente, para tribunal», começou por explicar Luís Ribeiro, da Comissão Administrativa do clube, assegurando que este é o motivo pelo qual não se candidata à direção do Pontassolense:
«Não temos património e por isso havendo problemas quem sente na pele será sempre o presidente do clube. Não irei comprometer a minha vida pessoal por uma dívida que não é minha, daí não me candidatar enquanto não houver solução para esta dívida», garantiu o responsável.

Certo é que as dificuldades financeiras têm ajudado a distanciar os sócios ainda mais do clube. Sinal disso é a fraca adesão às últimas duas Assembleias-Gerais. Na última AG, em Janeiro, Luís Ribeiro diz que só apareceram dois sócios (!), sendo que na anterior não houve mesmo qualquer associado presente. Face a este desinteresse,  há praticamente a certeza de que na AG de Novembro não haverá qualquer interessado em se candidatar à presidência do Pontassolense.

Os problemas agravam-se com os constantes atrasos na atribuição dos apoios da parte do Governo Regional, cenário que, contudo, é transversal à grande maioria dos clubes da Madeira na atualidade.
O Pontassolense passou do céu ao inferno em apenas duas épocas. Há duas temporadas foi campeão da Série Madeira e conquistou a Taça da Madeira mas por ter recusado subir aos Nacionais - ao contrário do Ribeira Brava que acabou por ter problemas gravíssimos durante a época por falta de verbas para as deslocações aéreas -, o clube dos Canhas, na época seguinte, foi penalizado pela Federação Portuguesa de Futebol com a proibição de subir aos Nacionais durante duas épocas e mais 3 mil euros de multa.

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